Entre os anos de 1964 e 1985, o Brasil conheceu seu mais longo e completo Estado de exceção. As obras desse núcleo remetem diretamente à ditadura civil-militar, período de 21 anos nos quais foram suspensas as garantias constitucionais da população. Trazemos aqui obras históricas de nomes incontornáveis da arte brasileira, como Claudio Tozzi e Maurício Nogueira Lima, que usaram sua arte para criar imagens de resistência política. A tortura é corajosamente denunciada por Carmela Gross em pleno ano de 1968, com sua obra Barril, que evoca a tortura por afogamento. A tortura e o terrorismo de Estado, também presentes no trabalho de Maurício Fridman, eram a contrapartida real da propaganda ideológica e ufanista inventariada no vídeo de arquivo de Jaime Lauriano.

Exceção Militar